Dados divulgados pelo Bureau de Meteorologia da Austrália, nesta quarta-feira, indicam que a anomalia de temperatura da superfície do mar (TSM) na chamada região Niño 3.4 (Pacífico Central) atingiu o patamar de El Niño. A confirmação do fenômeno deverá ser ratificada na próxima semana pelo NOAA (Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera) dos Estados Unidos, tal como a MetSul já sinalizava no início da semana.
A anomalia na região Niño 3.4 é de +0,7, além do patamar mínimo de +0,5ºC para de definição de condições oceânicas de El Niño. Para que haja, porém, a caracterização de um episódio de El Niño, tais condições devem permanecer durante os próximos meses, o que os modelos climáticos sinalizam. A grande questão é qual vai ser a intensidade do do fenômeno. A maioria dos modelos climáticos sinaliza evento fraco, mas a MetSul não afasta um episódio ao menos com intensidade moderada, tal como se deu entre 2009 e 2010.
“Historicamente, o aquecimento do Pacífico traz aumento da chuva para o Rio Grande do Sul”, avaliou o meteorologista Eugenio Hackbart. Na segunda metade de 2009, o Estado foi castigado por muita chuva, enchentes e freqüentes temporais. “Com o El Niño, cresce o risco dos gaúchos enfrentarem períodos de chuva em excesso nos próximos meses”, alertou.
Fonte: CP / MetSul
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