Um violento temporal atingiu por volta das 21h30m do sábado (28) o município de Santa Bárbara do Sul, no Alto Jacuí. Dez residências foram destruídas e outras mais sofreram danos. Os danos estruturais foram severos em alguns pontos. Postes e árvores tombaram com a força do vento. Janelas de casas e prédios foram destroçadas. Vitrines acabaram estilhaçadas. Algumas árvores foram decepadas e outras perderam todas suas folhas. Dez pessoas ficaram feridas. A cidade ficou sem energia elétrica e equipes de emergência da região foram acionadas ante a incapacidade do contigente local atender as ocorrências.
Análise preliminar da MetSul Meteorologia sugere ser muito alta a probabilidade de que um tornado tenha se formado e atravessado parte da área urbana de Santa Bárbara do Sul. Os danos foram severos e os estragos mais importantes se concentraram numa faixa do terreno no sentido Palmeira das Missões-Saldanha Marinho dentro de Santa Bárbara. Tal como em São Francisco de Paula, em julho de 2003, houve casos de casas de construção sólidas destruídas totalmente com moradias vizinhas que nada sofreram. Em caso de microexplosão ou downburst ( há expansão radial do vento) ou frente de rajada (straight line winds) os danos severos teriam atingido área maior e não delimitada, como é o caso de Santa Bárbara do Sul. A estimativa da MetSul é que as rajadas mais fortes de vento tenham ficado no intervalo de 150 a 200 km/h, no limite entre um F1 e F2 na escala Fujita dos tornados. Não há estação meteorológica em Santa Bárbara do Sul. As mais próximas na região não indicaram vento intenso.
Nenhum dos três radares meteorológicos da Força Aérea Brasileira que têm cobertura do Rio Grande do Sul estava com imagens disponíveis no instante em que se deu o evento de tempo severo. O radar do Instituto Simepar, de Teixeira Soares, no Paraná, conseguiu captar na faixa dos 400 km a célula de tempestade de tempo severo que atingiu Santa Bárbara do Sul a Oeste da cidade 15 minutos antes que se produzisse o vento destrutivo. Para o radar no Paraná conseguir registrar a refletividade observada em Santa Bárbara é porque havia na área a presença de uma nuvem de maior desenvolvimento vertical do tipo Cumulunimbus (Cb), característica de tempo severo. Pela distância enorme do radar, a refletividade parece ser baixa (na cor amarela), entretanto estivesse próxima e a intensidade (nas cores) seria muito superior.
Fonte: Jair Keller, MetSul Meteorologia e ClicRBS
Amigo estas fotos são creditos meus eua as tirei logo apos o temporal e as repassei ao jornal correio do povo, rede tv, tv record, mas sem problemas, o importante e divulgar. att
ResponderExcluirjair keller
Ok, Jair, obrigado por avisar e liberar divulgação. Incluí seu nome na fonte, mas vale lembrar que a análise é da MetSul. Abraço!
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