Alerta-se para a formação de uma área de baixa pressão cujo centro se forma nas proximidades da costa do Espírito Santo a partir do domingo (13). Essa área de baixa pressão dará origem a um ciclone, ou seja, uma grande área da atmosfera cujos ventos se movem em sentido horário. Como a área de formação está posicionada no mar entre o Equador e o Trópico de Capricórnio, a divisão de tempestade severa da Agência Espacial Americana (NASA), classificou o ciclone como tropical em seus últimos boletins de alerta.
Segundo as últimas simulações, esta área de baixa pressão deve ganhar força entre segunda e terça-feira e gera forte agitação marítima entre o Rio de Janeiro, Espírito Santo e sul da Bahia, além de muita chuva nestes Estados. Mesmo lugares mais afastados da costa podem receber grandes volumes de chuva, como é o caso do interior do Sudeste, sul da Bahia e também para a zona da Mata de Minas Gerais.
Alerta-se então para o alto risco para a navegação e também para as atividades petrolíferas nestas áreas nos próximos dias.
Mesmo que o sistema se forme sobre o continente no domingo, a tendência segundo os modelos de previsão é que o ciclone se desloque para leste em alto-mar, se afastando da costa. Assim, mesmo que ganhe bastante força, tudo indica que o sistema já estará muito longe em mar aberto.
Os modelos globais seguem indicando a tendência deste sistema se intensificar durante este começo de semana à medida que se afasta da costa. O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) está rodando o modelo GFDL – desenhado para acompanhar ciclones tropicais – a fim de monitorar esta depressão tropical na costa brasileira e, pela última rodada, da tarde do sábado, a trajetória é de afastamento do litoral brasileiro ao longo da semana.
Furacão?
Ainda é cedo para afirmar categoricamente que este ciclone se torne um furacão, um fenômeno raro mas que já registrou uma ocorrência no Brasil: Foi de 24 a 28 de março de 2004, quando ocorreu o Furacão Catarina na costa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e que provocou a morte de três pessoas, com ventos máximos de até 176 km/h.
Esta simulação indica que o deslocamento do ciclone será inicialmente para sul. No final da segunda-feira, o centro do sistema deve estar posicionado em alto-mar 365 a quilômetros a leste da costa do Espírito Santo com 1002 hPa de pressão (posicionamento: latitude -21.53, longitude -37.00), com possível formação de olho na terça-feira. As rajadas de vento ficam na ordem dos 80 km/h.
Se esta simulação estiver correta, podemos estar diante da tempestade tropical Arani. Vale lembrar que, pela escala Saffir-Simpson de classificação de furacões, uma tormenta só é considerada como furacão no Atlântico quando os ventos superam os 117 km/h.
Fonte: Somar e MetSul Meteorologia
Não deixe de conferir as fotos adicionadas ao post da Catástrofe em São Lourenço do Sul: http://meteomont.blogspot.com/2011/03/situacao-de-catastrofe-em-sao-lourenco.html
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Atualização V - 15/03 às 23:29
Não é todo dia que se vê a imagem acima. Trata-se do mapa de monitoramento feito pela NASA de ciclones tropicais no mundo. No Atlântico Sul, aparece Arani como um ciclone tropical ativo. O fato do sistema passar a figurar como ativo no sistema da NASA significa que devemos receber imagens espetaculares do ciclone Arani geradas pela agência espacial americano nos próximos dias.
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Atualização IV - 15/03 às 08:50
As imagens de satélite mostram um ciclone tropical cada vez mais simétrico na costa do Brasil. As fotos realmente impressionam. Nunca na era observacional se viu sistema tão organizado e intenso como este em latitudes tão baixas como 22S, dentro da região tropical. O dado relevante para o público é que este ciclone, segue se afastando gradualmente do litoral brasileiro.
Atualização III - 14/03 às 17:23
Começa a se esboçar, conforme avaliação da MetSul Meteorologia, a partir da análise de fotos de satélite, uma tempestade tropical (último estágio antes de furacão) na costa do Espírito Santo e do Litoral Norte do Rio de Janeiro. O último best track indicou o sistema ainda com vento de 30 nós, no patamar de depressão tropical, mas com pressão em queda para 1000 hPa, o menor valor desde o início do sistema. A trajetória é para Leste/Sudeste, logo de afastamento do continente.
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Atualização II - 14/03 às 08:52
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Atualização I - 13/03 às 15:44
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