sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

HISTÓRICO - NUVENS FUNIS PELO RIO GRANDE DO SUL

Uma cena rara foi vista no céu de Porto Alegre no começo da noite desta quinta-feira (15). Nuvem do tipo funil se formou sobre o Delta do Jacuí, no Lago Guaíba, junto ao Centro da Capital. A nuvem recebe este nome porque tem a forma de um funil formado por gotas d’água de condensação associadas a uma coluna rotatória de vento que se estende da base de uma nuvem, em regra de temporal, como se deu na área de Porto Alegre. A maioria dos tornados tem início com nuvens funis, mas nem todas as nuvens funis dão origem a tornados, sendo necessárias para que alcancem o solo para a configuração de um tornado. A nuvem funil se formou com a chegada de nuvens carregadas com chuva e raios que avançaram do Norte da Lagoa dos Patos para Porto Alegre (fotos de Fernando Mainar).



A nuvem funil foi registrada também em fotos a partir do Centro de Porto Alegre, observando-se que a formação estava exatamente sobre o Delta do Jacuí.



A nuvem funil que se formou em Porto Alegre ocorre no terceiro dia seguido em que o Rio Grande do Sul registra uma verdadeira onda de funis, tornados e trombas d’água, todos fenômenos observados na Lagoa dos Patos e seu entorno, em localidades como Rio Grande, Pelotas, Arambaré e Capivari do Sul (fotos do Jornal Agora, Fábio Raphaelli e João Castro). Trata-se de uma verdadeira onda de trombas (waterspout oubreak) na lagoa, sem precedentes em número de observações em tão curto período. Não apenas o ambiente atmosférico contribuiu para um maior número de registros como a grande quantidade de recursos visuais (celulares e câmeras) de observadores (networking) contribuiu para que esteja se observando um número elevado inédito de trombas d’água e nuvens funis na Lagoa dos Patos.




Fator decisivo para a formação das nuvens funis e as trombas na Lagoa dos Patos é a presença há vários dias de uma "baixa fria", uma área de baixa pressão em níveis médios e altos da atmosfera sobre o Rio Grande do Sul. Este tipo de fenômeno não raro pode permanecer vários dias sobre uma mesma região. Pela sua natureza, acaba aumentando o componente de vorticidade na atmosfera e favorecendo os fenômenos observados.

Fonte: MetSul Meteorologia

Nenhum comentário:

Postar um comentário